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Botafogo: Demissão de Paiva - A Manobra de Poder de John Textor Revelada
Por Redação FutFogão em 30/06/2025 16:43
A recente decisão de John Textor de afastar Renato Paiva do comando técnico do Botafogo, poucos meses após sua chegada, foi interpretada pelo renomado colunista Paulo Vinícius Coelho como um inequívoco sinal de poder. A análise, veiculada no programa "De Primeira", sugere uma estratégia calculada por parte do proprietário da SAF alvinegra, buscando reafirmar sua autoridade.
Conforme a perspectiva de PVC, o desligamento de Paiva, ocorrido em solo norte-americano logo após a eliminação do Glorioso no Mundial, não é um evento isolado. Estaria intrinsecamente ligado à percepção de Textor de uma perda de controle na gestão do Lyon, clube francês que, sob sua administração, vivenciou o amargo rebaixamento.
O Contexto Francês e o Gesto de Força
A situação do Lyon, que historicamente se consolidou como um dos gigantes do futebol francês, contrasta drasticamente com a imagem de sucesso que se esperava da gestão Textor. A incapacidade de assegurar garantias financeiras cruciais para a permanência na elite francesa, culminando no rebaixamento após 37 temporadas, teria fragilizado a posição do empresário no cenário europeu. Essa fragilidade, segundo a análise, impulsionaria uma necessidade de demonstrar firmeza e controle em outro front.
A minha leitura é que o Textor ontem precisava demonstrar força. Ele anunciou duas saídas: a do Renato Paiva e a dele mesmo, do Lyon, porque ele não conseguiu dar a garantia de 100 milhões de euros para o Lyon jogar a primeira divisão da França e rebaixou o time sete vezes campeão francês depois de 37 temporadas.
A citação de Paulo Vinícius Coelho expõe a dualidade das ações de Textor: por um lado, o afastamento do Lyon; por outro, a demissão de Paiva. Ambas seriam respostas a um cenário de pressão, onde a exibição de força se torna uma prioridade. A contratação de um técnico com a promessa de um planejamento cauteloso, seguida por uma demissão abrupta, revela uma sequência de decisões que o colunista aponta como contraditórias.
As Contradições da Gestão e a Percepção do Elenco
A rapidez com que Renato Paiva transitou da glória à queda, em um intervalo de meros dez dias ? da vitória histórica sobre o PSG no Mundial à eliminação nas oitavas de final contra o Palmeiras, decidida na prorrogação ?, levanta questionamentos. No entanto, é relevante pontuar que, de acordo com as informações obtidas por PVC, a insatisfação do elenco alvinegro com o trabalho de Paiva não era um fator determinante para sua saída.
Não tem queixa dos jogadores com o Renato Paiva. Toda pinta é de uma demonstração de força. O Textor perdeu o controle da administração do Lyon e dá uma resposta para a torcida do Botafogo, para os torcedores que são mais passionais, impulsivos mesmo, mas esse é o papel do torcedor, não do gestor.
A ausência de queixas internas reforça a tese de que a decisão de Textor não se fundamentou em problemas de vestiário ou desempenho insatisfatório percebido pelos atletas. Em vez disso, pareceu ser um movimento estratégico, uma "demonstração de força" direcionada não apenas ao ambiente interno do Botafogo , mas, de forma mais ampla, à torcida e ao mercado. A perda de controle em um de seus empreendimentos mais ambiciosos teria impulsionado uma resposta contundente no cenário brasileiro, onde a paixão e o imediatismo do torcedor exigem gestos claros e decisivos, ainda que questionáveis sob uma ótica de gestão de longo prazo.
A visão de Paulo Vinícius Coelho sugere que a demissão de Paiva, mais do que uma correção de rota técnica, foi um recado: John Textor está no comando e disposto a tomar decisões drásticas para reafirmar sua influência, mesmo que isso implique em contradições evidentes em sua própria narrativa de gestão.
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