Botafogo Copa Brasil: Análise Crítica Desempenho Jogadores

Avaliação do Comando Técnico e Contexto da Partida

A equipe do Botafogo entrou em campo para seu compromisso pela Copa do Brasil com uma configuração tática e de escalação que visava gerenciar o desgaste do elenco. O técnico optou por preservar diversos titulares, uma decisão considerada prudente diante do calendário apertado e da sequência de jogos. Mesmo com um time alternativo, a superioridade técnica sobre o adversário foi evidente desde os primeiros minutos, culminando em uma goleada expressiva.

A estratégia de utilizar dois atacantes de ofício na frente, uma variação tática empregada em algumas ocasiões, demonstrou eficácia mais uma vez, desorganizando a defesa adversária e criando múltiplas oportunidades de gol. A capacidade da equipe reserva de impor seu ritmo e converter as chances criadas reflete positivamente no trabalho da comissão técnica, que preparou o grupo para responder à altura mesmo em formações distintas.

Destaques Individuais na Goleada

Entre os atletas que receberam uma oportunidade no onze inicial ou que entraram ao longo da partida, alguns se sobressaíram. Rwan Cruz, avaliado com nota 7.5 pelo GE, foi notável por sua movimentação constante fora da área, demonstrando repertório além da referência central. Participou ativamente da construção de jogadas, driblou defensores e, ao aparecer na área, sofreu a penalidade que resultou no primeiro gol. Coroou sua boa exibição convertendo o último gol da goleada, consolidando-se como o principal destaque individual do confronto.

Artur, com nota 7.0, alcançou um marco pessoal ao anotar seu primeiro gol com a camisa alvinegra, celebrando com visível desabafo. Além de balançar as redes, sua performance foi consistente, puxando contra-ataques perigosos e aproveitando plenamente a chance de atuar desde o início. Sua contribuição ofensiva foi um dos pontos positivos da partida.

Outros jogadores também atingiram a nota 7.0, evidenciando a boa resposta de parte do elenco alternativo. Alex Telles cobrou o pênalti que abriu o marcador com precisão e atuou de forma proeminente no ataque durante a primeira etapa, quase como um extremo. Cuiabano, por sua vez, teve uma entrada decisiva, oferecendo a assistência para o gol de Artur praticamente em seu primeiro toque na bola, e manteve um ritmo elevado pelo lado esquerdo durante todo o tempo em que esteve em campo.

Igor Jesus, também com nota 7.0, mostrou maior presença na área em comparação com outros centroavantes e incomodou a zaga adversária. Teve seu esforço recompensado ao converter uma penalidade máxima, ampliando a vantagem da equipe.

Jeffinho, avaliado em 6.5, surpreendeu ao ser escalado como titular e deixou uma impressão favorável. Apesar de prender a bola em alguns momentos, foi uma fonte importante de criatividade, distribuindo passes qualificados na direção da área a partir da ponta esquerda. Foi de uma jogada sua que a bola chegou a Rwan Cruz , gerando o pênalti inicial.

Análise Setorial: Defesa e Meio-Campo

No setor defensivo, Léo Linck (nota 6.0) teve uma atuação protocolar. Não foi exigido em intervenções de grande dificuldade, mas mostrou segurança nas poucas ocasiões em que precisou agir, cumprindo sua função sem sobressaltos.

Danilo Barbosa (nota 6.0) atuou na zaga e foi o responsável por iniciar a construção das jogadas desde a defesa. Teve uma partida tranquila, oferecendo segurança ao setor e evitando riscos desnecessários nos confrontos diretos com os atacantes adversários.

Mateo Ponte (nota 5.5) explorou os espaços no ataque, mas a precisão nos cruzamentos foi um ponto fraco em sua atuação. Foi mais eficaz quando optou por passes rasteiros em vez de simplesmente alçar a bola na área. Sua performance deixou a desejar em alguns aspectos.

David Ricardo (nota 5.5) entrou no lugar de Barboza ainda no primeiro tempo. Apresentou uma atuação sólida, com exceção de um lance isolado onde permaneceu no chão após uma finalização do Capital. No geral, cumpriu sua função sem comprometer.

Alexander Barboza (nota 6.0) teve uma participação limitada, deixando o campo com pouco mais de meia hora de jogo devido a um problema físico. No tempo em que esteve em campo, mostrou firmeza nos duelos, sem comprometer a defesa.

O Desempenho no Meio-Campo e Ataque

Gregore (nota 6.0) ofereceu segurança defensiva ao meio-campo. Sua presença foi notada em diversas partes do campo, contribuindo para manter o equilíbrio da equipe. O ponto negativo foi um cartão amarelo recebido.

Patrick de Paula (nota 6.0) contribuiu para melhorar o ritmo do meio-campo após sua entrada. Apareceu mais no ataque e arriscou um chute perigoso que passou perto da trave, mostrando mais iniciativa ofensiva.

Allan (nota 5.0) não aproveitou a oportunidade de iniciar a partida entre os titulares. Distribuiu alguns passes de risco e não deu a devida sequência a certas jogadas no meio-campo, sendo substituído na metade da segunda etapa.

Mastriani (nota 5.5) atuou como referência na área, mas em alguns momentos pareceu faltar energia para alcançar certas bolas no terço final do campo. Em linhas gerais, sua atuação foi discreta e sem grande inspiração.

Por fim, Savarino entrou no segundo tempo, mas sua participação foi breve, deixando o campo por lesão após apenas 15 minutos. Sua atuação não pôde ser avaliada devido ao tempo limitado em campo.