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Botafogo Condenado a Pagar R$ 3,7 Milhões a Tiago Nunes: Detalhes do Processo
Por Redação FutFogão em 23/08/2025 01:12
O Botafogo foi recentemente sentenciado, em primeira instância, a quitar um débito de R$ 3,7 milhões com o ex-treinador Tiago Nunes. A decisão judicial surge como desdobramento de um processo movido pelo técnico devido ao não cumprimento de um acordo pactuado após sua saída do clube. Atualmente à frente da LDU, equipe que eliminou o Alvinegro na Copa Libertadores, Nunes busca reaver valores que, segundo sua defesa, não foram honrados pela diretoria botafoguense.
A controvérsia remonta a abril do ano passado, dois meses após a demissão de Nunes, que havia assumido o comando técnico do Glorioso em novembro de 2023 e permaneceu por apenas três meses, desligando-se em fevereiro de 2024. Naquela ocasião, as partes estabeleceram um compromisso para o pagamento de aproximadamente R$ 2 milhões, montante que englobava a multa rescisória e outras verbas. Este valor seria parcelado em seis vezes, mas, conforme o processo, apenas a primeira parcela e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) foram efetivamente pagos.
Diante da interrupção dos pagamentos, a equipe jurídica de Tiago Nunes buscou reiteradamente contato com o Botafogo , porém sem sucesso. A ausência de retorno por parte do clube levou o treinador a formalizar a ação judicial em dezembro de 2024, protocolando o pedido na 74ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. No decorrer do processo, o Alvinegro justificou o descumprimento do acordo alegando dificuldades financeiras.
A Justificativa Financeira do Botafogo e o Acordo Desfeito
Uma audiência de conciliação foi agendada e realizada no dia 30 de abril, com o objetivo de buscar um entendimento extrajudicial. Contudo, as negociações não avançaram, e as partes não conseguiram chegar a um denominador comum. O Botafogo , de acordo com os autos, recusou a proposta de acordo que girava em torno dos R$ 2 milhões, montante inicial da dívida.
A sentença de primeira instância, proferida três meses após a tentativa de conciliação, determinou que o Botafogo efetuasse o pagamento de R$ 3,7 milhões ao técnico. Na semana passada, o clube decidiu recorrer da decisão, o que indica que a palavra final sobre o caso deverá ser proferida em aproximadamente seis meses, prolongando o imbróglio judicial.
A Perspectiva da Defesa: Falta de Vontade do Clube
A defesa do treinador, representada pelo advogado Nicholas Zucchetti, embora tenha ressaltado que o processo corre sob segredo de justiça, fez questão de pontuar a postura adotada antes da judicialização do caso. Zucchetti afirmou:
Gostaríamos de deixar claro que, antes de entrar com a ação na Justiça, a postura sempre foi de conciliação com o Botafogo. Mas não foi possível diante da ausência de vontade por parte do clube.
Este cenário de pendências financeiras e disputas judiciais ecoa outras declarações recentes sobre a gestão alvinegra. Após a eliminação na Libertadores, a dirigente Jéssica, ao comentar a situação, afirmou:
Mais uma conta paga desde o início de 2025.Da mesma forma, Camilo, em outra oportunidade, fez uma distinção notável:
Botafogo não é o John Textor.Tais falas adicionam camadas à compreensão das dificuldades que o clube enfrenta e que, agora, se materializam em condenações judiciais.
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