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Botafogo Brilha: Evolução Tática e Individual sob Ancelotti
Por Redação FutFogão em 29/07/2025 21:16
O Renascimento Alvinegro sob Nova Direção
Em um curto intervalo de tempo, abrangendo cinco compromissos e pouco mais de duas semanas desde a chegada de Davide Ancelotti ao comando técnico, o Botafogo exibe indícios animadores para o prosseguimento da temporada. A vitória conquistada sobre o Bragantino na noite de terça-feira, no Estádio Nilton Santos, representou, sem dúvida, o desempenho mais coeso e regular observado nesta fase inicial. O Glorioso, inclusive, poderia ter ampliado ainda mais a diferença no placar.
Para além do evidente crescimento coletivo manifestado diante de um adversário que impôs desafios nos momentos iniciais do confronto, e da notável consistência entre os dois tempos de jogo, é imperativo reconhecer os méritos individuais que emergiram. A rápida e eficaz adaptação de Montoro, que novamente se destacou, é um ponto inegável. A performance de Savarino, que há tempos não exibia seu potencial pleno, também merece menção. A consolidação do seguro Kaio e o aprimoramento de Newton em parceria com Marlon Freitas reforçam a solidez do elenco.
Ancelotti e as Escolhas Estratégicas: A Base da Evolução
As decisões táticas de Davide Ancelotti para este embate incluíram os retornos de Savarino, Marlon Freitas e Vitinho ao onze inicial. Alex Telles foi opção no banco de reservas, enquanto Cuiabano iniciou como titular. Allan também permaneceu entre os suplentes, e Newton garantiu sua sequência na equipe principal. Do lado do Bragantino, o técnico Fernando Seabra enfrentou o desafio de não contar com nenhum lateral-esquerdo de ofício no elenco profissional, resultando na improvisação de Sant?Anna. Guzmán Rodriguez e Mosquera foram ausências significativas. Gustavo Marques formou a dupla de zaga com Pedro Henrique, e Pitta manteve sua posição. Jhon Jhon atuou pela ala esquerda.
Botafogo (Davide Ancelotti) | Bragantino (Fernando Seabra) |
---|---|
Savarino | Sant'Anna (Improvisado LE) |
Marlon Freitas | Gustavo Marques |
Vitinho | Pedro Henrique |
Cuiabano | Pitta |
Newton | Jhon Jhon |
(Alex Telles, Allan no banco) | (Guzmán Rodriguez, Mosquera desfalques) |
Embora tenha concedido duas finalizações nos primeiros dez minutos e encontrado dificuldades para transpor a marcação adiantada do Bragantino, a performance do Botafogo na primeira etapa foi digna de elogios. A equipe superou os obstáculos iniciais e demonstrou uma postura extremamente agressiva para se impor. Os dois gols foram construídos com notável qualidade, originados de diferentes setores do campo.
A Construção da Vantagem: Gols e Dinâmica Ofensiva
Na primeira ocasião em que o Glorioso conseguiu trocar passes próximos à área adversária, a bola encontrou o fundo das redes de Cleiton. A transição da bola ocorreu da direita para a esquerda e vice-versa, com combinações entre pontas e laterais sendo constantemente buscadas. O cruzamento de Cuiabano , após receber de Montoro, não resultou na abertura do placar por Arthur Cabral, mas a insistência na estratégia foi recompensada.
Vitinho , em um movimento similar ao de Cuiabano , penetrou a defesa do Bragantino por dentro, entre zagueiro e lateral, recebendo em profundidade de um Artur posicionado na linha lateral. O cruzamento rasteiro e para trás encontrou a finalização precisa de Montoro, que celebrou seu primeiro gol com a camisa alvinegra.
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Montoro comemora o gol do Botafogo contra o Bragantino ? Foto: André Durão
O gol injetou um ímpeto significativo no Botafogo , que intensificou sua pressão na saída de bola do Massa Bruta, forçando erros e ligações diretas, e impondo agressividade com a posse. Vitinho , Savarino (com grande perigo) e Newton finalizaram contra a meta de Cleiton, mas o segundo tento veio de uma jogada singular.
Marlon Freitas havia sido desarmado na saída de bola do Glorioso, contudo, Barboza recuperou a posse dos pés de Eduardo Sasha e iniciou o que se tornou um "contragolpe do contragolpe". O zagueiro acionou Savarino e avançou para a área como um elemento surpresa. Recebeu o cruzamento perfeito de Cuiabano e ampliou o placar com um belíssimo gol.
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Gol de Barboza no jogo entre Botafogo x Bragantino ? Foto: André Durão/ge
A liberdade de avanço simultâneo de Vitinho e Cuiabano foi um fator determinante. Newton , que realizou uma partida segura, recuava para se alinhar aos zagueiros quando a equipe se instalava no campo de ataque. Os laterais demonstraram entrosamento com Artur e Montoro, alternando as zonas de ataque, ora pelo meio, como no lance do primeiro gol, ora pelas laterais.
O apetite para pressionar imediatamente após a perda da posse, seja no campo ofensivo ou defensivo, foi crucial para impedir que o domínio inicial do Massa Bruta se estendesse. A equipe do interior paulista revelou em Sant?Anna e Gustavo Marques um elo frágil em sua defesa. A proteção da profundidade no primeiro gol foi deficiente, e no segundo, viram Barboza infiltrar-se entre eles, evidenciando um nítido desentrosamento.
Segundo Tempo: Eficiência Alvinegra e a Queda do Adversário
Ofensivamente, o Bragantino tentou alguns movimentos de Pitta do centro para a esquerda, e de Jhon Jhon no sentido oposto. Sasha circulou pela intermediária, e Lucas Barbosa atuou mais fixo pela direita. Eric Ramires e Hurtado construíram boas tramas com o ponta nos primeiros minutos, e os visitantes quase abriram o placar dessa forma, mas essa dinâmica não se manteve ao longo da etapa inicial.
No retorno para o segundo tempo, Isidro Pitta ficou mais restrito ao centro do ataque, cedendo o flanco esquerdo para Jhon Jhon. A marcação "alta" voltou a ser uma tática do Bragantino para manter o Botafogo recuado, mas o Glorioso encontrou excelentes combinações para progredir com a bola de pé em pé. Artur , Savarino e Montoro recuavam como alvos para passes, e Marlon Freitas também se desvencilhava bem sob pressão.
O Glorioso voltou a rondar a meta de Cleiton com perigo. Arthur Cabral foi importante em pivôs e na disputa por passes mais diretos. A primeira alteração de Ancelotti foi a entrada de Alex Telles no lugar de Cuiabano . Seabra, por sua vez, substituiu Hurtado e Lucas Barbosa por Nathan Mendes e Vinicinho. Pouco depois, Fabinho entrou na vaga de Ramires.
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Gabriel em Botafogo x Bragantino - Copa do Brasil ? Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
Em vez de intensificar a pressão para diminuir a desvantagem, o Bragantino não conseguiu alcançar essa condição na metade final do segundo tempo. Pelo contrário, poderia ter retornado para casa com um placar ainda mais desfavorável. A equipe perdeu a posse de bola no campo de defesa e foi salva por Cleiton em diversas ocasiões. Arthur Cabral teve uma grande oportunidade de frente para o goleiro, mas desperdiçou a excelente jogada de Savarino.
O centroavante foi substituído por Nathan Fernandes logo em seguida, a mesma alteração que Ancelotti havia realizado no confronto contra o Vasco. Nathan também falhou ao sair de frente com Cleiton, com o arqueiro defendendo sua finalização de canhota. Joaquin Corrêa e Allan foram outras duas apostas para que o Glorioso mantivesse o ritmo, com Artur e Newton deixando o gramado. A intensidade da equipe foi preservada até o apito final.
Bruno Praxedes e Thiago Borbas, os últimos a entrarem pelo Massa Bruta, participaram da jogada mais perigosa da equipe após o intervalo. O centroavante recebeu de Fabinho e serviu o meio-campista em profundidade, mas a finalização foi defendida por John.
Bragantino em Declínio e as Projeções para o Botafogo
O Bragantino registrou a quarta derrota em seis partidas disputadas após a Copa do Mundo de Clubes. A equipe atravessa uma nítida queda de produtividade neste ponto da temporada e necessita de uma recuperação urgente se almeja superar pela primeira vez em sua história a barreira das oitavas de final da Copa do Brasil.
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