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Botafogo: Ancelotti em Xeque? Compare Números com Renato Paiva
Por Redação FutFogão em 17/10/2025 04:14
Sob intensa avaliação no comando do Botafogo, Davide Ancelotti alcançou a marca de 23 jogos à frente da equipe, equiparando-se ao período de Renato Paiva em 2025. Contudo, o desempenho do técnico italiano, confrontado com um cenário de instabilidade, revela um aproveitamento inferior ao de seu antecessor, cuja saída ocorreu em julho, logo após a participação na Copa do Mundo de Clubes.
Nos 23 confrontos sob sua tutela, Davide registrou dez vitórias, seis empates e sete derrotas, totalizando 52% de aproveitamento. Paiva, no mesmo período, acumulou doze vitórias, três empates e oito reveses, alcançando uma taxa de sucesso de 56%. Estes dados, compilados pelo Gato Mestre, oferecem um panorama claro das diferenças.
É crucial ressaltar que, durante a gestão de Paiva, o Botafogo ainda dispunha de pilares do elenco campeão de 2024. Nomes como o goleiro John, o volante Gregore e o atacante Igor Jesus eram presenças constantes. Adicionalmente, o zagueiro Jair rapidamente se consolidou como titular ao lado de Barboza, conferindo maior solidez ao setor defensivo.
Em contraste, Davide enfrenta o desafio de reestruturar o time em meio a uma série contínua de desfalques. O período entre agosto e setembro foi particularmente desafiador, com o clube registrando dezoito baixas por questões médicas. Tal cenário exigiu constantes adaptações e tentativas de reposição à altura, impactando diretamente a regularidade da equipe.
Comparativo de Desempenho: Paiva vs. Ancelotti
No que tange ao poderio ofensivo, a produção é virtualmente idêntica: ambos os técnicos obtiveram uma média de 1,26 gol por partida. No entanto, a equipe de Davide demonstra um volume ligeiramente maior de finalizações, com uma média de 12,8 chutes por jogo, em comparação aos 12,5 da era Paiva. Igor Jesus foi o principal goleador sob o comando do português, com quatro gols, enquanto Arthur Cabral detém a mesma marca na atual gestão.
A fragilidade defensiva, contudo, é um ponto de distinção notável na passagem do italiano. A equipe de Davide sofreu 23 gols, contra 16 do período Paiva, elevando a média de gols sofridos de 0,70 para 1 por jogo. Quanto à posse de bola, o equilíbrio é quase perfeito: 51,7% para o português e 51,57% para o italiano, indicando pouca alteração na filosofia de controle de jogo.
Para uma análise mais detalhada, os números comparativos entre as duas gestões podem ser visualizados na tabela a seguir:
| Estatística | Renato Paiva (23 jogos) | Davide Ancelotti (23 jogos) |
|---|---|---|
| Vitórias | 12 | 10 |
| Empates | 3 | 6 |
| Derrotas | 8 | 7 |
| Aproveitamento | 56% | 52% |
| Gols Pró (média) | 1,26 | 1,26 |
| Chutes por jogo (média) | 12,5 | 12,8 |
| Gols Sofridos | 16 | 23 |
| Gols Sofridos (média) | 0,70 | 1,00 |
| Posse de Bola (média) | 51,7% | 51,57% |
| Artilheiro | Igor Jesus (4 gols) | Arthur Cabral (4 gols) |
Reencontro e a Realidade Atual do Botafogo
Curiosamente, no único confronto direto entre os dois treinadores, ocorrido em 9 de agosto pelo Brasileirão de 2025, foi Davide quem prevaleceu de forma contundente. O Botafogo , sob sua direção, goleou o Fortaleza, então comandado por Paiva, por 5 a 0, marcando um reencontro emblemático entre o ex-comandante e seu antigo clube.
Apesar da vitória expressiva neste duelo específico, a pressão sobre Davide é palpável. O treinador foi alvo de vaias, juntamente com a equipe, após a recente derrota por 3 a 0 para o Flamengo, no Nilton Santos. Questionado sobre a possibilidade de uma demissão, Davide declarou: "Não depende de mim". Internamente, contudo, o Botafogo compreende que a irregularidade nos resultados e no desempenho está intrinsecamente ligada à alta frequência de desfalques no elenco , um fator que tem sido determinante para os desafios atuais da equipe.
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