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Botafogo: Desafios Financeiros e Incertezas Após Temporada de Conquistas

Por Redação FutFogão em 24/01/2025 15:41

Botafogo: Um Modelo de Negócio Insustentável?

O colunista Mauro Cezar Pereira trouxe à tona, no programa Posse de Bola, uma avaliação contundente sobre a realidade financeira do Botafogo. Segundo ele, o clube carioca enfrenta uma conjuntura delicada, onde as receitas geradas não são suficientes para cobrir os vultosos investimentos realizados por John Textor na equipe. Essa disparidade levanta questionamentos sobre a viabilidade do modelo de negócio adotado.

Pereira enfatiza que a situação não é simples, e embora muitos torcedores possam se incomodar com a análise, ela reflete a realidade: "o Botafogo não gera receita que se aproxime minimamente para cobrir os investimentos feitos". A necessidade de negociar jogadores para equilibrar as contas é evidente, embora não haja nenhuma irregularidade nas transações. No entanto, o colunista questiona a sustentabilidade financeira do clube a longo prazo, comparando-o a um restaurante que opera no prejuízo na maior parte do tempo. "É como você abrir um restaurante que fica cheio uma vez por semana e dá prejuízo os outros seis dias. Você vai conseguir se manter ou você pode quebrar?", argumenta.

Incertezas no Horizonte Alvinegro

A análise de Mauro Cezar Pereira vai além da questão financeira, abordando também as incertezas que pairam sobre o futuro do Botafogo . O colunista ressalta que Textor não é um mero benfeitor, mas sim o proprietário de uma rede de clubes com interesses variados, incluindo a resolução da crise financeira do Lyon, na França. Essa complexidade adiciona um grau extra de imprevisibilidade ao cenário do Botafogo . "Não é o caso de um excêntrico milionário que põe dinheiro do próprio bolso para brincar como se fosse um hobby. É diferente, é um negócio que envolve outros clubes. Tudo isso leva a essa situação. Então, o Botafogo é uma grande interrogação", afirma.

A saída de jogadores importantes e a busca por um novo técnico, a poucos dias da Supercopa do Brasil, só aumentam as dúvidas sobre o desempenho do time. "A incerteza é a marca do Botafogo nesse momento. Não tem técnico, perdeu os jogadores, os que vão chegar não são do mesmo nível. Ou alguém acha que o Artur é melhor que o Luiz Henrique? O Wendel é melhor que o Almada será?", questiona o colunista, evidenciando as dificuldades que o clube terá pela frente.

Perdas e Reforços: O Nível do Elenco

O Botafogo já não conta com 13 jogadores que foram importantes na temporada de 2024, incluindo peças-chave e coadjuvantes. Essa debandada, somada à saída do técnico Artur Jorge, impõe um desafio considerável à diretoria do clube, que precisa encontrar substitutos à altura. Embora alguns reforços tenham sido anunciados, como o meia Artur, a qualidade desses novos atletas ainda é uma incógnita, o que gera preocupação entre os torcedores.

Análise Tática: O São Paulo e os Quatro Atacantes

Em outro ponto da discussão, o colunista Arnaldo Ribeiro analisou o desempenho do São Paulo, destacando a formação com quatro atacantes: Oscar, Lucas, Luciano e Calleri. Segundo ele, essa escalação se mostrou promissora em termos de criatividade, mas expõe a fragilidade defensiva da equipe. "Essa é uma formação que deu bons sinais, quando o São Paulo tem a bola com esses quatro fica um time bem interessante, muito melhor do que o ano passado, mais criativo com a presença do Oscar. Mas aí tem o ônus ? sem a bola, é um time que sofre demais para marcar o adversário", pondera.

Ribeiro também observa que os quatro atacantes são jogadores veteranos, com mais de 30 anos, o que pode dificultar a marcação em jogos contra times mais fortes. "São quatro jogadores ofensivos e já veteranos: os quatro têm mais de 30 anos. Então, para mim, contra o Corinthians, ou contra adversários como o Corinthians, esse não seria o melhor sistema para o São Paulo jogar", afirma. No entanto, ele reconhece a possibilidade de o técnico manter a formação no clássico contra o Corinthians, como um teste para avaliar o sistema em jogos mais exigentes. "Agora, é pouco provável que não joguem os quatro no domingo nessa circunstância -- torcida única do São Paulo, Morumbi lotado, nesse jogo específico. E aí talvez seja um teste para ver esse sistema contra times fortes, e contra o time mais forte do Brasil nos últimos meses, o time que não perde", conclui.

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