Botafogo: Análise da Derrota para o São Paulo no Morumbis e o Fim de um Tabu

O Botafogo experimentou um revés amargo neste domingo (14), ao ser superado pelo São Paulo por 1 a 0 no Morumbis, em partida válida pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto não apenas significou uma derrota para o Glorioso, mas também marcou o fim de um período de quase cinco anos sem vitórias do Tricolor Paulista sobre o Alvinegro. O gol solitário da partida foi anotado por Juan Dinenno, em sua primeira celebração com a camisa são-paulina, ainda na etapa inicial, evidenciando a desorganização da defesa carioca.

Este resultado impacta diretamente a posição das equipes na tabela. O São Paulo, agora com 35 pontos, iguala a pontuação do próprio Botafogo , que permanece na sexta colocação, enquanto o Tricolor assume a sétima. A sequência de jogos apresenta desafios distintos: o São Paulo direciona seu foco para a Libertadores, enfrentando a LDU em Quito na próxima quinta-feira (18), às 19h. Já o Alvinegro terá pela frente o Mirassol, na quarta-feira (17), às 19h30, em compromisso atrasado da 12ª rodada do Brasileirão, uma oportunidade crucial para reverter a má impressão.

Primeiro Tempo: Desorganização e Ausência Ofensiva

A etapa inicial do confronto revelou um Botafogo irreconhecível. A equipe de Davide Ancelotti apresentou uma performance significativamente aquém das expectativas, sem conseguir criar qualquer oportunidade real de gol. Em contraste, o São Paulo dominou as ações, impondo seu ritmo e sendo recompensado logo aos seis minutos, quando Juan Dinenno aproveitou uma falha da retaguarda carioca para balançar as redes. O atacante, visivelmente emocionado por quebrar um jejum de mais de um ano sem marcar, deu a vantagem ao time da casa.

As escolhas táticas do Botafogo , que entrou em campo com sete alterações em relação ao jogo anterior e uma formação com três volantes, não surtiram o efeito desejado. A ausência de articulação ofensiva era notória, com a equipe sequer conseguindo finalizar em direção ao gol do goleiro Rafael. Enquanto isso, o São Paulo quase ampliou com Tapia e viu Enzo Díaz carimbar a trave em cobrança de falta, demonstrando superioridade. Para agravar o cenário, o goleiro Neto sentiu um desconforto físico e precisou ser substituído nos acréscimos do primeiro tempo, inserindo Léo Linck na meta alvinegra.

Segundo Tempo: Tentativas sem Eficácia e Ameaças Paulistas

Na volta do intervalo, Davide Ancelotti promoveu mudanças na tentativa de alterar a postura apática de sua equipe. Contudo, foi o São Paulo quem continuou a assustar primeiro. Logo no início, Dinenno teve outra chance bloqueada e Tapia desperdiçou um rebote, além de ter um gol anulado por impedimento. O Botafogo , embora tenha chegado com mais frequência ao ataque, demonstrou uma notável falta de qualidade nas finalizações. Matheus Martins protagonizou a melhor chance alvinegra com um chute perigoso, e Savarino também arriscou, mas sem levar perigo real.

Nos minutos finais, o Alvinegro buscou trabalhar mais a bola, explorando as laterais para tentar construir jogadas, enquanto o São Paulo persistia nos contra-ataques, embora sem o mesmo sucesso inicial. Aos 35 minutos, Rafael foi exigido pela primeira vez no jogo em um chute forte de Cuiabano. Pouco depois, Joaquín Corrêa também fez o goleiro tricolor trabalhar. Perto dos 45, Rigoni escapou em um contra-ataque e, de frente para Léo Linck , viu a bola bater na trave, para desespero do banco de reservas paulista. Já nos acréscimos, Luan teve a oportunidade de ampliar, mas o goleiro alvinegro realizou uma grande defesa, impedindo um placar mais elástico.

Detalhes da Partida