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Botafogo: A Inversão de Desempenho e o Desafio da Libertadores contra LDU

Por Redação FutFogão em 20/08/2025 08:17

A máxima proferida por Renato Paiva, durante sua breve passagem pelo Botafogo, ressoou como uma profecia que, por ora, se mantém atual: o Alvinegro, segundo o português, exibia "duas caras". Curiosamente, sob a batuta de Davide Ancelotti, o Mais Tradicional ainda não logrou eliminar essa dicotomia. Contudo, a equipe operou uma significativa inversão na face da moeda, o que pode prenunciar um cenário favorável para o embate decisivo contra a LDU (ECU), nesta quinta-feira (21), em Quito, pela partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores.

A gestão de Ancelotti tem sido marcada por um contraste notável. No Estádio Nilton Santos, os resultados pelo Campeonato Brasileiro ainda não se materializaram em vitórias: são dois empates e duas derrotas consecutivas, com o ataque marcando apenas um gol. Longe de seus domínios, todavia, o Glorioso se transforma em uma força avassaladora, ostentando 100% de aproveitamento em quatro confrontos, com nove bolas na rede e nenhuma sofrida. Este desempenho notável fora de casa será testado nas alturas de Quito, a 2.800 metros acima do nível do mar, com desfalques importantes na defesa, mas com o retorno de David Ricardo.

A Metamorfose Tática de Ancelotti e o Desafio da Altura

Apesar da prioridade não admitida publicamente, Ancelottinho coleciona dois triunfos no Colosso do Subúrbio em competições de Copa. Ainda que tenha poupado forças no último fim de semana pelo Brasileirão, torneio no qual o Botafogo se vê cada vez mais distante da liderança, a estratégia parece mirar o sucesso continental. A capacidade de adaptação da equipe será crucial.

O cenário atual do Botafogo , com seu desempenho invertido, contrasta diretamente com a era de Renato Paiva. O técnico anterior deixou o clube com um aproveitamento impressionante como mandante: 92,5%. Em nove partidas, foram oito vitórias, um retrospecto que, de fato, beirava o assombro.

O Legado de Paiva: Um Passado de Contrastes

Em contrapartida, Paiva enfrentou dificuldades consideráveis longe de casa, necessitando de sete partidas para conquistar a primeira vitória como visitante e, inclusive, assinalar o primeiro gol. A vitória sobre o Carabobo (VEN) por 2 a 1, com Cuiabano salvando o resultado nos acréscimos, ilustra a dificuldade em jogos fora. Seus números como visitante eram modestos: duas vitórias, dois empates e seis derrotas, totalizando apenas 26,6% dos pontos disputados. Que a atual inversão de desempenho seja um bom presságio para Quito.

A defesa alvinegra enfrentará um teste robusto no Equador. As palavras do treinador italiano reverberam a complexidade do momento, com a necessidade de improvisação diante das ausências defensivas.

"Por enquanto, tenho que adaptar. Contra o Palmeiras (no domingo), eles (os defensores) jogaram muito bem. Barboza atuou em condições que eram muito difíceis para ele e jogou até onde pôde. Depois, é inventar. Este momento de muitas baixas vai passar", sinalizou o treinador italiano.

Análise Comparativa: Botafogo em Casa e Fora

Para ilustrar a dicotomia de desempenho do Botafogo sob os dois últimos comandantes, apresentamos uma tabela comparativa:

Treinador Desempenho em Casa Desempenho Fora de Casa
Renato Paiva 92,5% (8 vitórias em 9 jogos) 26,6% (2 vitórias, 2 empates, 6 derrotas)
Davide Ancelotti Brasileirão: 0 vitórias (2 empates, 2 derrotas, 1 gol marcado)
Copas: 2 vitórias
100% (4 vitórias, 9 gols marcados, 0 sofridos)

A equipe de Ancelotti, com sua notável capacidade de se impor longe do Nilton Santos, carrega agora a esperança de uma classificação histórica na Libertadores, demonstrando que, embora a dualidade persista, sua face mais promissora se manifesta justamente onde o desafio se impõe com maior intensidade.

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