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Botafogo: A Articulação Secreta que Manteve Textor no Poder

Por Redação FutFogão em 19/07/2025 02:13

As últimas 48 horas no cenário do Botafogo foram marcadas por uma intensa articulação que se revelou crucial para a manutenção de John Textor à frente do clube. Um movimento orquestrado por acionistas da Eagle Football, a holding criada pelo empresário americano, visava o seu afastamento da gestão de todas as entidades sob sua égide, incluindo o Glorioso. Contudo, essa iniciativa esbarrou em um robusto e unificado apoio ao proprietário, manifestado tanto pela diretoria da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) quanto pelo setor associativo da agremiação.

A posição de Textor chegou a ser seriamente comprometida. Remontando a 2022, o fundo de investimentos Ares Management concedeu um empréstimo financeiro ao americano, fundamental para a aquisição do Lyon. Como garantia para essa operação, o Ares recebeu, entre outros ativos, participações acionárias no próprio Botafogo .

Considerando que o débito referente a esse empréstimo, concedido há três anos, ainda não havia sido quitado, os gestores do fundo de investimentos expediram, na última quinta-feira, um documento oficial. Nele, apresentavam uma sugestão para que Textor formulasse uma proposta de recompra das ações do Botafogo que se encontravam em posse do Ares. A condição imposta era que, caso a proposta fosse aceita, Textor deveria se afastar por um período de 30 dias da administração do Botafogo . O fundo justificava que o empresário não poderia supervisionar o futebol alvinegro enquanto estivesse envolvido em negociações para adquirir o controle do clube de outra entidade.

A Origem da Tensão e a Interpretação da SAF

A cúpula da SAF do Botafogo interpretou o documento enviado pelo Ares Management como uma clara tentativa de destituir John Textor do poder e, consequentemente, instalar outra figura no comando do clube ? presumivelmente alguém alinhado aos interesses do fundo. Esse cenário ganhava contornos mais complexos desde 30 de junho, data em que Michele Kang assumiu o controle do Lyon, com a promessa formal às autoridades francesas de uma completa desvinculação em relação ao empresário americano.

Diante desse contexto iminente de uma potencial alteração no comando, duas frentes distintas, porém complementares, dentro do clube se mobilizaram com celeridade para impedir a saída do executivo. De um lado, o setor associativo, sob a liderança do presidente João Paulo Magalhães. De outro, os dirigentes da SAF, em uma ação encabeçada por Alessandro Brito, diretor de gestão esportiva, e Thairo Arruda, o CEO da companhia.

A missiva assinada pelos funcionários da SAF, cuja exclusividade foi revelada pelo portal ge, foi expedida na madrugada da última sexta-feira. Diante da perspectiva de afastamento de Textor, Alessandro Brito comunicou em um grupo de comunicação com outros membros da gestão diária do clube que renunciaria ao seu cargo no Alvinegro caso a saída do americano se concretizasse. Essa declaração ecoou e rapidamente obteve a adesão de outros pares de Brito na diretoria. Dessa convergência de intenções, emergiu a ideia da carta de apoio. Thairo Arruda assumiu a coordenação para a coleta das assinaturas e a redação do conteúdo, que foi, posteriormente, encaminhado à Eagle Football.

A Estratégia Jurídica do Lado Associativo

Pelo viés do presidente João Paulo Magalhães, a abordagem adotada foi de caráter mais técnico e fundamentada. Ele, em conjunto com André Silva, vice-presidente, e Durcesio Mello, ex-presidente do clube, estabeleceram contato por meio de uma videochamada e procederam à revisão minuciosa dos contratos relativos à formalização da SAF, datados de 2022. O presidente, então, encaminhou pormenores contratuais que atestavam a impossibilidade de Textor deixar o comando sem o expresso consentimento do lado associativo.

Adicionalmente, os documentos indicavam que, em qualquer tentativa de alteração no controle da Eagle Football, uma mudança na principal cadeira da SAF alvinegra necessariamente dependeria de uma votação e aprovação pelo Conselho Deliberativo. Páginas do contrato da SAF, que foram assinadas por Textor e Durcesio Mello na época em que este último presidia o Alvinegro, foram anexadas e enviadas, acompanhadas de novas assinaturas coletadas na quinta-feira, reafirmando o incondicional respaldo ao empresário americano.

O posicionamento do clube social é inequívoco e demonstra um apoio irrestrito a John Textor. João Paulo Magalhães, que assumiu a presidência do Botafogo em janeiro, alinha-se à mesma filosofia de Durcesio Mello, figura que se consolidou como um dos mais importantes aliados de Textor nos bastidores do clube nos anos recentes.

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Comentado em 19/07/2025 07:04 Tiro no escuro? Aqui é Botafogo, sem vacilo kkk
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Comentado em 19/07/2025 05:32 Nada de mudar direção agora, Botafogo é forte assim!
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Comentado em 19/07/2025 03:51 Textor no comando, Botafogo só cresce, tamo junto!
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