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Botafogo 0x0 Mirassol: Barboza Destaque, Ancelotti Pior - Análise Crítica
Por Redação FutFogão em 01/11/2025 20:16
O empate sem gols entre Mirassol e Botafogo, válido pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, deixou um sabor amargo na torcida alvinegra. Em uma partida de desempenho questionável, a análise individual dos atletas e da comissão técnica se torna indispensável para compreender os pontos falhos e os raros lampejos de qualidade. A performance coletiva esteve aquém do esperado, e o resultado final reflete a falta de inspiração e a fragilidade tática demonstradas em campo.
No cenário desfavorável, um nome se destacou pela consistência e segurança: Alexander Barboza. O zagueiro foi, inegavelmente, o elemento mais positivo do Glorioso no confronto, ostentando a maior nota individual. Sua atuação quase impecável na defesa foi fundamental para evitar que o Botafogo sofresse gols, solidificando-o como um dos poucos a se salvarem do crivo crítico.
Barboza demonstrou grande capacidade nos desarmes e uma notável inteligência na saída de bola, contribuindo para desarmar as investidas adversárias com precisão. Seu papel foi determinante para contornar as jogadas perigosas do Mirassol, mostrando-se um verdadeiro pilar defensivo em uma equipe que, de modo geral, oscilou bastante.
Barboza: O Pilar Defensivo em Meio ao Desempenho Aquém
Se Barboza foi a luz, a sombra recaiu sobre o comando técnico. Davide Ancelotti, o treinador italiano, amargou a pior avaliação da partida. Sua gestão do jogo foi considerada uma das mais decepcionantes do Botafogo neste ano, superando performances de técnicos anteriores na temporada. As escolhas táticas iniciais e as substituições realizadas ao longo dos 90 minutos não surtiram o efeito desejado, e a equipe não conseguiu apresentar um futebol convincente.
A opção por um esquema com três volantes e o deslocamento de Santiago Rodríguez para a ponta esquerda evidenciaram uma estratégia excessivamente defensiva, que sufocou a capacidade criativa do time. O Botafogo praticamente não ameaçou o Mirassol, limitando-se a defender e a reagir. A ineficácia das mudanças promovidas por Ancelotti apenas solidificou a percepção de uma atuação abaixo da crítica, sem oferecer respostas adequadas às necessidades do jogo.
Davide Ancelotti: Escolhas Questionáveis e um Time Sem Rumo
Na retaguarda, além de Barboza, Léo Linck teve momentos de segurança, realizando uma defesa crucial em finalização de Alesson dentro da pequena área no segundo tempo. David Ricardo, por sua vez, exibiu um desempenho misto; embora tenha sido eficaz em rebatidas, cometeu falhas em lances capitais, como ao permitir que Chico da Costa finalizasse na trave e, posteriormente, ao falhar em um corte que deixou Alesson em ótima condição para marcar.
Nas laterais, a situação não foi mais animadora. Vitinho não transmitiu a habitual segurança defensiva, recebendo um cartão amarelo no primeiro tempo que limitou sua intensidade nos combates. Ofensivamente, sua contribuição foi nula. Alex Telles teve uma atuação discreta, com o Mirassol explorando seu lado do campo com diversos cruzamentos. A situação se agravou com um cartão amarelo desnecessário e sua saída precoce devido a dores no tornozelo. Cuiabano, que entrou na lateral, pouco apareceu no ataque, concentrando-se em impedir os cruzamentos adversários, seguindo a tônica defensiva da equipe.
A Defesa Alvinegra: Entre Solidez e Vulnerabilidade Pontual
O meio-campo alvinegro foi um dos setores mais problemáticos, carecendo de criatividade e transição ofensiva. Marlon Freitas, apesar de auxiliar na saída de bola, não avançou para o campo de ataque, dificultando a criação de jogadas. Newton teve uma atuação irregular, com escolhas equivocadas e um erro de passe perigoso que resultou em uma chance clara para o Mirassol no final do segundo tempo, forçando uma falta para conter o avanço.
Danilo começou a partida com um bom cruzamento para Chris Ramos, mas sua produção caiu drasticamente, com passes errados e chutes sem direção. Santiago Rodríguez, atuando fora de sua posição habitual, pela esquerda, teve pouca participação na bola e não conseguiu impactar o jogo, arriscando chutes de longe que não levaram perigo.
Meio-Campo Alvinegro: A Ausência de Conexão e Criatividade
No ataque, a ineficácia foi a palavra de ordem. Chris Ramos demonstrou limitações técnicas evidentes, tendo suas jogadas paradas com facilidade pela defesa adversária. Artur, apesar de um chute perigoso de fora da área no segundo tempo, foi mais notado por suas cobranças de laterais longos do que por suas ações com a bola nos pés, que não geraram perigo real. Jeffinho, que entrou na etapa final, praticamente não tocou na bola, mostrando-se ausente nas poucas investidas ofensivas.
Arthur Cabral, ao entrar, trouxe uma melhoria na disputa física contra os zagueiros do Mirassol, mas não teve oportunidades claras de gol, sofrendo apenas uma falta perigosa perto do fim. Marquinhos, por sua vez, entrou nos minutos finais e não teve tempo hábil para ser avaliado.
O Ataque Impotente: Falta de Penetração e Finalização
A seguir, apresentamos a tabela consolidada com as notas atribuídas aos jogadores e ao técnico do Botafogo , refletindo a avaliação de suas performances no confronto contra o Mirassol:
| Jogador | Posição | Nota GE | Nota Público |
|---|---|---|---|
| Léo Linck | GOL | 6.5 | 6.5 |
| Vitinho | LAT | 4.0 | 4.0 |
| David Ricardo | ZAG | 5.0 | 5.0 |
| Alexander Barboza | ZAG | 7.0 | 7.0 |
| Alex Telles | LAT | 5.0 | 5.0 |
| Cuiabano | LAT | 5.0 | 5.0 |
| Marlon Freitas | MEI | 5.0 | 5.0 |
| Newton | MEI | 3.5 | 3.5 |
| Marquinhos | ZAG | -- | -- |
| Danilo | MEI | 4.0 | 4.0 |
| Santiago Rodríguez | MEI | 4.5 | 4.5 |
| Jeffinho | ATA | 5.0 | 5.0 |
| Artur | ATA | 4.0 | 4.0 |
| Chris Ramos | ATA | 3.5 | 3.5 |
| Arthur Cabral | ATA | 5.5 | 5.5 |
| Davide Ancelotti | TEC | 3.0 | 3.0 |
Em suma, a partida contra o Mirassol evidenciou a necessidade de uma profunda reflexão sobre o desempenho do Botafogo . Enquanto Alexander Barboza se destacou individualmente, a performance coletiva e, em particular, as decisões táticas de Davide Ancelotti, deixaram muito a desejar, sinalizando que há um longo caminho a ser percorrido para que o Glorioso encontre a consistência e a efetividade necessárias na competição.
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