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Botafogo 0x0 Mirassol: Análise Crítica de um Jogo Esquecível e Suas Consequências
Por Redação FutFogão em 01/11/2025 20:04
A expectativa de um reencontro eletrizante, nos moldes do vibrante 3 a 3 do primeiro turno, desmoronou em uma noite de sábado marcada pela absoluta ausência de futebol no Maião. Mirassol e Botafogo protagonizaram um embate que dificilmente será lembrado, culminando em um empate sem gols que espelha com perfeição a pobreza técnica e criativa demonstrada por ambas as equipes.
Para o Glorioso, a falta de um desempenho consistente e de alto nível ao longo do Brasileirão já vinha alertando para tal possibilidade, mesmo com a urgência de um resultado positivo. Contudo, para os anfitriões, a performance certamente figurou entre as mais discretas em seu próprio território na atual competição, deixando um gosto amargo para seus torcedores.
Escolhas Táticas e Desfalques: O Ponto de Partida
As formações iniciais de Mirassol e Botafogo já antecipavam alguns desafios. Pelo lado do Mirassol, o técnico Rafael Guanaes precisou lidar com as ausências de Lucas Ramon e Reinaldo, optando por Daniel Borges e Felipe Jonatan nas laterais. Gabriel, recuperado de lesão, permaneceu no banco, enquanto Guilherme Marques manteve sua posição no meio-campo.
No Botafogo , Davide Ancelotti enfrentou um cenário ainda mais complexo de desfalques. Nomes como Marçal, Savarino, Matheus Martins e Joaquin Correa não estavam à disposição. A defesa contou com David Ricardo na zaga e Alex Telles na lateral-esquerda, com Cuiabano como opção no banco. No meio-campo, Newton, Danilo e Marlon Freitas compuseram uma trinca de volantes, buscando solidez. No ataque, Artur e Santi Rodriguez foram escalados pelas pontas, com a missão de municiar Chris Ramos.
Um Primeiro Tempo de Escassez Criativa
A etapa inicial no interior paulista foi um verdadeiro anticlímax. A monotonia imperou, reflexo direto da pouca inspiração ofensiva de ambos os lados. O Botafogo , em particular, demonstrou extrema dificuldade em progredir com a bola, realizando pouquíssimas trocas de passes no campo adversário. A equipe não encontrava caminhos para superar a marcação adversária, resultando em um jogo travado e sem chances claras.
O Mirassol, apesar de também apresentar limitações criativas, conseguiu rondar a área alvinegra com maior frequência e esboçou algum envolvimento pelos lados. Negueba, atuando com agressividade e liberdade, foi o principal articulador, transitando entre as pontas. Em uma das raras jogadas de perigo, aos oito minutos, ele combinou com Alesson, e Chico da Costa, após cruzamento rasteiro, finalizou de canhota na trave, no que foi o lance mais relevante antes do intervalo.
A estratégia do Mirassol de subir o bloco de marcação foi mais bem-sucedida, impedindo o avanço do time carioca e mantendo a posse de bola no campo de ataque, ainda que sem gerar erros decisivos próximos à área do Glorioso. O Alvinegro, por sua vez, conseguiu proteger sua área, mas a custo de uma inoperância ofensiva. Chris Ramos foi neutralizado pelos zagueiros do Leão, e as tentativas de cabeceio, como uma vinda de cruzamento de Danilo, não representaram perigo. Artur e Santi Rodriguez permaneceram isolados e sem efetividade.
Segundo Tempo: As Trocas e a Persistência da Mesmice
A despeito do cenário pouco promissor, as duas equipes retornaram para o segundo tempo sem alterações. O Botafogo ensaiou uma marcação mais alta nos primeiros minutos, mas o ímpeto foi efêmero e não se traduziu em oportunidades de gol. As primeiras mudanças vieram do banco alvinegro, com Cuiabano entrando no lugar de Alex Telles , seguido por Arthur Cabral e Jeffinho, que substituíram Chris Ramos e Santi Rodriguez, respectivamente, na tentativa de injetar nova vida ao ataque.
Pelo lado do Mirassol, Guanaes também buscou oxigenar sua equipe. Guilherme Marques, apagado, deu lugar a Shaylon. Posteriormente, Chico da Costa e Alesson foram substituídos por Cristian Renato e Carlos Eduardo. Essas trocas pareceram ter um efeito mais imediato nos donos da casa, que voltaram a pressionar e se instalar perto da área alvinegra a partir da metade da segunda etapa. Léo Linck, goleiro do Botafogo , precisou sair nos pés de Alesson, em jogada iniciada por Shaylon, para realizar uma boa defesa, um dos poucos momentos de real perigo.
Carlos Eduardo e Shaylon, em particular, intensificaram as ações ofensivas do Mirassol, conferindo um novo fôlego ao Leão. Nos minutos finais, Guanaes ainda lançou Renato Marques e José Aldo, substituindo Negueba e Neto Moura, em uma última tentativa de quebrar o placar. Apesar do volume anfitrião, Barboza destacou-se com uma série de cortes e intervenções cruciais nos cruzamentos e passes que tentavam encontrar a área do Botafogo , garantindo a solidez defensiva do time carioca.
Contudo, a pressão do Mirassol arrefeceu novamente, culminando em uma reta final de jogo que apenas reforçou a melancolia de um confronto que jamais conseguiu despertar qualquer emoção. O 0 a 0 foi o epílogo justo para uma partida que ficará na memória como um exemplo de oportunidade perdida para ambas as equipes.
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