Atuações Botafogo: Zagueiro Falha Crucialmente em Derrota e Notas Atletas

A recente jornada do Botafogo em seu reduto, o Estádio Nilton Santos, foi marcada por um revés que expôs fragilidades notórias na estrutura defensiva da equipe. O embate, válido pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, contra o Cruzeiro, culminou na primeira derrota do técnico Davide Ancelotti à frente do Alvinegro, levantando questionamentos sobre a consistência do elenco em momentos decisivos. A análise individual dos atletas revela um cenário de contrastes, onde alguns se esforçaram para mitigar os danos, enquanto outros tiveram atuações que beiraram o preocupante.

O foco principal das críticas recaiu sobre a linha de defesa, que se mostrou desorganizada e suscetível aos avanços do adversário. Os gols sofridos evidenciaram falhas de posicionamento e coordenação, impactando diretamente o resultado final. A necessidade de reajustes táticos e de desempenho individual torna-se um imperativo para a sequência da temporada, especialmente considerando o calendário apertado e a ambição do clube.

Defesa em Xeque: O Desempenho Crítico do Setor Defensivo

No epicentro da desvantagem alvinegra, a atuação do zagueiro Alexander Barboza foi particularmente desfavorável. Com menos de dez minutos de jogo, o defensor já havia acumulado o terceiro cartão amarelo, o que o deixará fora do próximo confronto contra o Fortaleza. Contudo, o impacto de sua performance transcendeu a questão disciplinar. Barboza cometeu um erro primordial no primeiro gol do Cruzeiro, anotado por Christian. Não bastasse, sua inação permitiu que Kaio Jorge avançasse sem obstáculos e cruzasse para Matheus Pereira selar o segundo tento adversário. Uma sequência de equívocos que o colocou como o jogador com a nota mais baixa da partida.

Ainda na retaguarda, John, o goleiro, também teve participação questionável no gol de Christian, demonstrando um reposicionamento desatento e uma saída de gol hesitante. Vitinho, por sua vez, na lateral, conseguiu manter um desempenho estável em meio ao turbilhão defensivo, destacando-se pela segurança nos duelos em solo. Kaio, o outro zagueiro titular, apresentou maior solidez no primeiro tempo em comparação com Barboza, mas precisou ser substituído por David Ricardo devido a dores na coxa direita. David, um canhoto adaptado ao lado direito da zaga, realizou intervenções importantes após sua entrada.

Alex Telles, na lateral, teve uma contribuição ofensiva diminuta e deixou seu setor vulnerável. No gol de Christian, sua omissão na marcação foi flagrante, observando o adversário passar sem reação. Em contrapartida, Cuiabano, que tem gerado debates sobre sua titularidade na lateral esquerda, apresentou-se como uma opção mais vigorosa. Sua participação na construção ofensiva pelo flanco e sua capacidade de revitalizar a equipe no segundo tempo sugerem que o atleta reivindica um espaço maior no time titular.

Meio-Campo e Ataque: Entre Destaques e Decepções Individuais

No setor intermediário, Marlon Freitas demonstrou capacidade em passes longos enquanto o placar ainda não havia sido inaugurado. Contudo, sua postura defensiva deixou a desejar, especialmente no segundo gol do Cruzeiro. Danilo, que fez sua estreia, ofereceu um vislumbre de sua habilidade com o drible, elevando o patamar do meio-campo alvinegro, embora ainda não possua a condição física ideal para atuar por noventa minutos. Allan, por sua vez, enfrentou dificuldades na recomposição defensiva, e seu cansaço físico aparente contribuiu para uma queda em seu rendimento. Newton, que o substituiu, mostrou-se oscilante, mas com esforço, configurando-se como uma alternativa viável para compor o meio-campo ao lado de Marlon Freitas , enquanto Danilo recupera sua plenitude física.

No terço final do campo, Artur foi protagonista de um lance controverso onde caiu na área, resultando em um pênalti inicialmente assinalado, mas posteriormente anulado pelo VAR. Sua imprecisão nas finalizações, com muitos chutes para fora, provocou vaias da torcida no momento de sua substituição. Joaquín Correa, ao entrar, conferiu um novo dinamismo ao ataque botafoguense, indicando que pode ser uma peça valiosa para Davide Ancelotti, desde que receba uma sequência de oportunidades. Savarino, homenageado antes do jogo com um bandeirão, teve um primeiro tempo abaixo do esperado, com cruzamentos ineficazes. Apesar de ter quase marcado um gol na segunda etapa, sua performance geral foi aquém.

Montoro, que teve um início promissor nos primeiros quinze minutos, também experimentou uma queda de rendimento ao longo da partida. Arthur Cabral, por sua vez, teve uma atuação inócua na área adversária, com erros de domínio e finalização, tornando-se mais um alvo das vaias da torcida presente no Nilton Santos.

A Visão do Comandante: Davide Ancelotti e os Ajustes Necessários

Davide Ancelotti, em sua primeira derrota à frente do Botafogo , observou sua equipe sucumbir à intensidade do Cruzeiro no primeiro tempo, sem conseguir impor resistência efetiva. Embora as alterações promovidas no decorrer do jogo tenham conferido uma melhora no desempenho do time, a percepção geral é de que tais modificações poderiam ter sido implementadas mais cedo, talvez mitigando o impacto negativo do placar. O desafio agora para o técnico é reavaliar as peças, encontrar a formação ideal e garantir que a equipe demonstre a resiliência e a coesão necessárias para superar os próximos desafios.

A seguir, apresentamos a tabela detalhada com as notas atribuídas a cada jogador e ao técnico, refletindo o desempenho individual na partida: