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Anulação do Pênalti Botafogo x Cruzeiro: CBF Revela Análise do VAR

Por Redação FutFogão em 03/08/2025 21:58

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tornou pública, no último domingo à noite, a minuciosa análise do Árbitro de Vídeo (VAR) referente ao controverso pênalti anulado em favor do Botafogo, durante o embate contra o Cruzeiro, realizado no Estádio Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro. Após a marcação inicial no gramado, o árbitro Matheus Candançan reverteu sua decisão, consultando as imagens. A justificativa central para a anulação, segundo o juiz, foi a alegação de que o atacante Arthur, supostamente atingido por Lucas Romero, "se projetou" no movimento.

O incidente ocorreu aos 32 minutos da etapa inicial, momento em que a equipe mineira já liderava por 1 a 0 ? um placar que, ao final da partida, se consolidaria em 2 a 0 para o Cruzeiro. Durante a revisão em vídeo, o árbitro de vídeo, Gilberto Rodrigues Castro Junior, reconheceu a existência de um contato entre Lucas Romero, do Cruzeiro, e a canela de Arthur, do Botafogo . Contudo, a interpretação da cabine do VAR foi que o jogador alvinegro já se encontrava em movimento de queda, e que o toque em questão não possuía a intensidade necessária para configurar uma infração passível de penalidade máxima.

O Protocolo do VAR e a Justificativa da Anulação

A transcrição do diálogo entre a equipe de arbitragem de vídeo e o juiz de campo revela a linha de raciocínio que culminou na decisão. O teor da comunicação é crucial para compreender a interpretação dos fatos:

Gilberto Rodrigues Castro Junior (VAR): "O número 29 levanta o pé na altura do joelho do jogador. Preciso ver outro ângulo."

Gilberto Rodrigues Castro Junior (VAR): "Neste contato, o jogador já está em projeção e não impacta. É muito leve, ele já está em projeção. Esse contato não é suficiente para queda, ele já se projeta e o pé raspa a canela. Ele já está em projeção."

Gilberto Rodrigues Castro Junior (VAR): "Matheus, Gilberto falando. Sugiro revisão para possível não penal. O jogador se projeta, toca primeiro a bola, mas tem um pé que raspa e não causa impacto na ação."

Matheus Delgado Candançan (árbitro de campo): "Ele está descendo o pé e o jogador de preto se projeta. Decisão é de recomeçar com um tiro livre para o goleiro."

As Implicações da Interpretação Arbitral

A insistência na expressão "jogador se projeta" por parte do VAR e a subsequente concordância do árbitro de campo delineiam uma interpretação que prioriza a ação do atacante em detrimento da existência do contato físico. A decisão final, então, foi a de retomar o jogo com um tiro livre para o goleiro adversário, invalidando completamente a chance de gol que o Botafogo teria da marca da cal.

Tal veredito, proferido em um momento crucial do primeiro tempo, teve um impacto inegável no desenrolar da partida para o Botafogo . Em um jogo onde o placar já estava desfavorável, a anulação de uma oportunidade clara de empatar o confronto representou um golpe significativo nas aspirações alvinegras, sublinhando a importância e a controvérsia das intervenções do VAR em momentos decisivos do futebol. A análise oficial da CBF, ao invés de dissipar dúvidas, parece alimentar o debate sobre os critérios de aplicação da tecnologia no esporte.

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