Ancelotti Revoluciona Savarino no Botafogo: Detalhes da Nova Tática!

O Botafogo, uma potência em constante reestruturação após as gloriosas conquistas da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, adentra uma fase distinta sob a batuta de Davide Ancelotti. O técnico italiano, anunciado há pouco mais de dez dias, fez sua primeira aparição à beira do campo no empate sem gols contra o Vitória, na última quarta-feira (16), no Estádio Nilton Santos. Embora o placar não tenha sido o ideal, a partida serviu como um prelúdio para as significativas alterações táticas e os ajustes de elenco que o novo comandante almeja implementar.

A Reinvenção de Savarino: O Meia Ofensivo de Ancelotti

Um dos pilares da estratégia de Ancelotti é a redefinição do papel de Jefferson Savarino. O venezuelano, peça-chave na campanha de 2024, foi reposicionado para uma nova função, atuando com maior liberdade no setor central. A visão do treinador é que Savarino opere em parceria com Álvaro Montoro e Alex Telles pelo lado esquerdo do ataque. Em sua coletiva pós-jogo, Ancelotti elucidou a decisão:

O Savarino pode jogar liberado, como 10. Ele gosta de encontrar a posição. Eu peço a ele para jogar um pouco à esquerda porque pode ter uma boa associação com Álvaro e Alex. Vejo Savarino como meia ofensivo e não como ponta.

Anteriormente, Savarino era empregado de forma mais aberta por Renato Paiva, o que por vezes resultou em oscilações de desempenho. A proposta do atual técnico, agora, é capitalizar as virtudes do atleta a partir de um posicionamento mais centralizado, concedendo-lhe funções não apenas criativas, mas também com responsabilidades defensivas.

Desafios Ofensivos e a Adaptação do Elenco

Ainda sobre a partida contra o Vitória, a performance ofensiva do Botafogo foi objeto de intenso escrutínio. O renomado jornal espanhol Marca, por exemplo, descreveu o desempenho como um "pesadelo ofensivo", mesmo diante das 20 finalizações e dos 62% de posse de bola registrados pela equipe carioca. A vitória, entretanto, foi barrada pelas defesas decisivas do goleiro Lucas Arcanjo.

Ancelotti, em sua análise pós-jogo, lamentou o resultado, mas manteve um tom pragmático:

Não foi o suficiente. Não tivemos sorte, mas também precisamos melhorar. Fizemos o suficiente para vencer hoje, mas nem sempre pode ser assim. Futebol é assim.

Outro ponto crucial abordado por Ancelotti foi a necessidade de adaptação do elenco à chegada de Arthur Cabral. O centroavante, que substitui Igor Jesus após sua transferência para o futebol inglês, exige uma nova dinâmica de jogo. O treinador pontuou a importância da integração:

Ele tem que ajudar, é um jogador importante para o time. Os companheiros também precisam de tempo para jogar com ele, porque tem características diferentes do Igor Jesus.

O Mosaico de Reforços e Desfalques: O Futuro Imediato do Glorioso

O trabalho inicial de Ancelotti no Botafogo é desafiado pela complexidade de gerenciar um elenco em constante mutação. Além de Arthur Cabral, o clube recebeu recentemente Cristhian Loor, Kaio Fernando, Álvaro Montoro e Joaquín Correa. Em contrapartida, a equipe perdeu três titulares importantes: Jair, Igor Jesus e Gregore, este último negociado com o Al-Rayyan.

A tabela a seguir sumariza as movimentações mais recentes no plantel alvinegro:

O próximo compromisso do Botafogo será no domingo (20), às 16 horas (horário de Brasília), em um confronto contra o Sport, fora de casa, válido pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Um teste fundamental para a consolidação das ideias de Ancelotti e a busca pela consistência da equipe.