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Ancelotti Revela Bastidores do Empate em São Januário e Desafios Táticos do Botafogo

Por Redação FutFogão em 28/08/2025 00:54

Davide Ancelotti, o comandante técnico do Botafogo, expressou clara insatisfação com a performance de sua equipe no confronto de ida das quartas de final da Copa do Brasil contra o Vasco. O empate em São Januário, palco de sua estreia na Colina ? após um encontro prévio em Brasília ?, foi marcado por um reconhecimento explícito do "ambiente hostil" que o Alvinegro enfrentou.

A análise do treinador italiano foi direta e sem rodeios. "Precisamos jogar melhor. Hoje não foi possível jogar um jogo bonito, mas aqui é um ambiente, um território hostil no vestiário. Foi um território hostil, um jogo que a gente pode sentir que é um jogo muito importante para as duas equipes, com muitas faltas." Ele complementou, enfatizando o equilíbrio da disputa: "É um resultado que mantém todo o equilíbrio. É um jogo que vai ser muito equilibrado até o último minuto da eliminatória e os detalhes vão decidir, seguramente, essa eliminatória. Mas chegamos à nossa casa com a nossa torcida, com o resultado que é 50% ainda."

Decisões Táticas e a Realidade do Elenco

Questionado sobre a escolha inicial por dois centroavantes, Ancelotti fundamentou a decisão em observações anteriores e necessidades táticas específicas. Ele mencionou a boa combinação de movimentos vista nos minutos finais contra o Juventude. Para o embate em São Januário, "mais uma questão tática" pesou, visando uma saída de bola mais direta sob pressão adversária e a colaboração dos atacantes para evitar perdas de posse. O técnico expressou contentamento com a atuação de ambos, especialmente pela "ideia clara também de cruzar, porque temos dois atacantes na área".

A flexibilidade tática, segundo Ancelotti, é ditada pela disponibilidade do plantel. Ele detalhou como a ausência de centroavantes ou de jogadores como Cabral, com a presença de um atacante de profundidade como Savarino, impõe uma abordagem mais vertical. "Agora que tenho dois atacantes disponíveis, preciso adaptar o elenco e o adversário", explicou. Contudo, a filosofia central permanece inalterada: "a ideia que temos que manter é a de sermos um time que joga em ritmo alto, que faz transições rápidas e que, se tivermos a possibilidade de sair jogando com qualidade, devemos buscar isso."

O Ritmo Acelerado e a Gestão de Atletas

O desafio reside na intensa sequência de jogos ? "13 partidas em pouco mais de 35 dias" ? que impede treinos adequados, gerando "dificuldades" e exigindo constante adaptação para buscar vitórias e resultados positivos. A gestão do elenco , nesse cenário, torna-se um dos pilares da estratégia do Botafogo .

A postergação das substituições foi outro ponto abordado. O técnico esclareceu que, após a saída de Savarino, já havia planejado as trocas, mas optou por aguardar, pois "o time tinha mais controle do jogo" por cerca de 20 minutos. "Respeitamos sempre a opinião da torcida, claramente", ponderou, ao mesmo tempo em que salientou a dependência do contexto da partida.

Ausências e Retornos: O Caso Jeffinho e Cuiabano

A ausência de Jeffinho entre os titulares também foi explicada como uma escolha tática. Ancelotti buscava "um ponta que pudesse atuar mais por dentro, para atrair a defesa deles para o centro e surpreender com o Vitinho e o Teles", além de laterais mais ofensivos para contrabalancear o sistema defensivo vascaíno. Ele ressaltou a profundidade do elenco e a necessidade de gerenciar o tempo de jogo de atletas como Jeffinho e Rodríguez, que "está há muito tempo sem atuar", pedindo paciência para a plena recuperação de sua importância.

Sobre a situação de Cuiabano, o técnico projetou um retorno em aproximadamente três semanas, detalhando o processo gradual de recuperação, que inclui "treinar no campo individualmente e pouco a pouco com o time". A Data Fifa surge como um período oportuno para intensificar esse trabalho.

O Apelo à Torcida e a Projeção para a Data Fifa

Dirigindo-se à torcida, Ancelotti fez um apelo por apoio irrestrito no próximo embate, reconhecendo a demonstração de carinho já vista. Contudo, ele enfatizou que o auxílio dos adeptos deve ser recíproco: "a gente precisa do apoio da torcida jogando melhor. Simplesmente isso, temos que jogar com mais coragem em casa, com mais personalidade e com menos perda de bola."

A Data Fifa, com seus "seis dias de treino mais ou menos", será crucial. O planejamento é de "uma semana inteira de trabalho", focada em aprimorar o estilo de jogo e, paralelamente, iniciar a preparação para o decisivo confronto de volta. No entanto, a concentração imediata está voltada para o Bragantino, pois "queremos ganhar em casa, queremos ir para a data Fifa com uma vitória", concluiu o técnico.

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