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Ancelotti no Botafogo: Desempenho, Críticas e a Visão da Diretoria em 20 Jogos
Por Redação FutFogão em 01/10/2025 11:16
Após vinte confrontos à frente do Botafogo, Davide Ancelotti alcançou uma marca significativa em sua trajetória no clube. O embate contra o Fluminense, no último domingo, selou o vigésimo compromisso do técnico italiano, que agora se prepara para um novo ciclo de partidas, começando pelo confronto direto contra o Bahia nesta quarta-feira, válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Apesar do marco, as últimas semanas foram marcadas por resultados inconstantes, gerando um ambiente de questionamentos públicos. O comandante tem sido alvo de críticas nas plataformas digitais por parte da torcida e chegou a ouvir vaias após o empate com o Mirassol, há cerca de quinze dias. Contudo, a cúpula diretiva do Botafogo mantém inabalável sua convicção na capacidade de Ancelotti, descartando qualquer possibilidade de alteração no comando técnico.
O balanço dos primeiros vinte jogos de Ancelotti revela um aproveitamento de 55%, fruto de nove vitórias, seis empates e cinco derrotas. Esse percentual, no entanto, coloca seu desempenho aquém de antecessores como Artur Jorge e Renato Paiva, que, em recortes semelhantes de suas passagens pelo Alvinegro, registraram aproveitamentos superiores, de 65% e 60%, respectivamente.
O Desempenho de Ancelotti em Números: Uma Análise Comparativa
Para contextualizar o rendimento de Ancelotti, é pertinente observar os dados comparativos com outros técnicos que passaram pelo Botafogo em períodos recentes. A tabela a seguir ilustra o aproveitamento nos vinte primeiros jogos de cada um:
| Técnico | Desempenho (20 jogos) |
|---|---|
| Davide Ancelotti | 55% |
| Artur Jorge | 65% |
| Renato Paiva | 60% |
Internamente, a gestão de Ancelotti é avaliada positivamente, com destaque para a sua habilidade em gerenciar o ambiente do vestiário. A diretoria ressalta o bom relacionamento diário do técnico com o elenco e a comissão, creditando a ele a capacidade de preservar a serenidade do grupo em meio às notícias sobre as disputas judiciais envolvendo John Textor, a Eagle Football e a Ares pela recompra do clube.
Essa percepção é corroborada por jogadores. Recentemente, Marlon Freitas e Alexander Barboza expressaram elogios aos métodos de treinamento do italiano. O volante Marlon Freitas , em particular, enfatizou a necessidade de "continuidade" no comando técnico, um claro recado de apoio ao trabalho de Ancelotti e uma indicação de que o grupo não anseia por mudanças.
A Perspectiva Interna: Blindagem e Confiança no Vestiário
Apesar do respaldo interno, a "leitura de jogo" do treinador é um dos pontos mais questionados pela crítica externa. Observa-se uma tendência de Ancelotti em postergar as substituições. Em seus vinte jogos, as alterações no intervalo ocorreram em apenas três oportunidades: contra São Paulo, Fortaleza e Cruzeiro. Na maioria das partidas, o técnico opta por realizar modificações entre os 15 e 20 minutos do segundo tempo.
No que tange à produção ofensiva da equipe, mesmo com os resultados irregulares, o Botafogo sob o comando de Ancelotti tem demonstrado capacidade de criar oportunidades. Desde a sua chegada, o time gerou mais de 150 chances de gol, resultando em 25 tentos marcados e 19 sofridos, números que apontam para uma equipe que busca o ataque na maioria dos confrontos.
Aspectos Táticos: Ritmo de Alterações e Produção Ofensiva
O trabalho de Davide, segundo a avaliação de Pedro Dep, "é a cara do Botafogo 2025", uma declaração que reflete a visão de longo prazo que o clube projeta para o seu comando técnico, apesar das oscilações e dos desafios do presente.
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