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Ancelotti Explica Derrota do Botafogo e Assume Responsabilidade Total
Por Redação FutFogão em 14/09/2025 20:46
A recente partida do Botafogo contra o São Paulo, que culminou em uma derrota por 1 a 0 no Morumbis pelo Campeonato Brasileiro, gerou discussões intensas, principalmente em função de uma formação inicial que surpreendeu muitos. O técnico Davide Ancelotti, após o revés, ofereceu suas explicações para as decisões táticas adotadas, particularmente a incomum utilização do volante Danilo na posição de ponta-direita.
As Justificativas Táticas de Davide Ancelotti
Ancelotti detalhou a lógica por trás da escalação com três volantes, elucidando a carência de opções para a ponta direita. Conforme suas palavras:
A ideia de escalar três volantes foi primeiro pela falta de ponta direita que temos, porque Álvaro (Montoro) eu não considero que esteja preparado para jogar um jogo com a intensidade de hoje. Santi tem um processo de gripe, então precisava de um ponta jogando dentro do campo, Danilo já fez isso na Premier League com o Forest. A ideia era um ponta direita jogando por dentro, Vitinho um pouco mais no corredor lateral, como sempre fazemos. Nos últimos dois treinos, falei com ele, não tinha muita energia. Certamente estará no jogo contra o Mirassol, vai voltar.
A aposta em Danilo, portanto, era vista como uma adaptação forçada por ausências e falta de preparo de outros atletas, com Vitinho sendo poupado devido a questões de energia, mas com retorno garantido para o próximo confronto. Ainda que as intenções fossem claras, o resultado em campo não correspondeu às expectativas. A equipe alvinegra demonstrou desorganização, especialmente durante a primeira etapa, um aspecto que não passou despercebido pelo próprio comandante.
A Assunção de Responsabilidade e os Desafios Psicológicos
Diante da performance aquém do esperado, Davide Ancelotti não hesitou em absorver para si a integralidade da responsabilidade.
Toda. Significa que não consigo transmitir neste momento essa continuidade que precisamos. Psicologicamente o time tem que estar mais tranquilo quando acontece algo negativo. Eu tenho que transmitir essa tranquilidade também. O banco tem que transmitir isso em geral, todos. Seguramente tenho toda responsabilidade. Nunca vou dar responsabilidade aos meus jogadores.
afirmou o treinador. Essa postura reflete a percepção de que a equipe necessita de maior estabilidade emocional, e que a transmissão dessa calma é um dever que se estende de sua figura à comissão técnica e aos atletas.
O impacto da derrota não se limitou ao placar. Na tabela do Brasileirão, o Botafogo, que sustentava 35 pontos, viu-se deslocado da quinta para a sexta posição após os resultados da 23ª rodada. O próximo desafio, um jogo atrasado da 12ª rodada contra o Mirassol, surge como uma oportunidade crucial para a equipe buscar a reabilitação.
A ausência de finalizações no primeiro tempo foi um ponto de grande incômodo para Ancelotti, que enfatizou a necessidade de uma abordagem mais coletiva e organizada:
Me incomoda, sim. Mas não é que não tivemos chutes, é que o Botafogo tem que jogar como uma equipe sempre. Não só botar coração, tem que jogar com organização, como um time. Podemos fazer gols só com as jogadas individuais, mas quando o jogo é assim não vamos ganhar.
A declaração sublinha a importância de uma estratégia coesa em detrimento de lampejos individuais.
Superando o Passado e Focando no Futuro
A questão mental do elenco foi outro tópico abordado com seriedade pelo técnico. Ancelotti fez um apelo para que o grupo se desvincule das comparações com o desempenho anterior:
Temos que parar de pensar no ano passado, é um elenco diferente, é um time diferente, é uma temporada diferente. Temos um objetivo claro. Não temos que perder tempo. Hoje perdemos tempo jogando assim. No próximo jogo temos que reagir. Foi uma semana difícil não posso mentir. Uma semana difícil psicologicamente para todo o elenco , para todo o Botafogo .
A mensagem é um claro indicativo de que o foco deve ser no presente e nos objetivos estabelecidos para a temporada atual, com a urgência de uma reação imediata no próximo confronto, após uma semana reconhecidamente desafiadora no aspecto psicológico.
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