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Desafios Táticos do Botafogo Sob o Comando de Renato Paiva: Análise Detalhada

Por Redação FutFogão em 15/04/2025 04:13

Renato Paiva e os Desafios Táticos no Botafogo

Renato Paiva se prepara para seu sexto jogo à frente do Botafogo, um confronto contra o São Paulo no Estádio Nilton Santos, válido pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro. Este jogo representa o segundo de uma série de testes importantes para a equipe, que logo voltará suas atenções para a Libertadores, com um duelo contra o Estudiante na próxima semana.

O treinador reconhece que o time ainda necessita de ajustes, algo natural em um trabalho que está apenas começando. Entre os pontos que precisam ser aprimorados, mesmo durante as competições, estão a posse de bola efetiva, o excesso de cruzamentos, os erros técnicos na construção das jogadas e o posicionamento de Savarino.

Posse de Bola Efetiva: A Busca pelo Domínio e Finalização

Após a derrota para o Bragantino, um dos pontos mais ressaltados por Paiva foi a falta de conclusão das poucas jogadas criadas pelo Botafogo . Seu objetivo é ter o controle do jogo, mas também "agredir" o adversário para marcar gols.

Em suas próprias palavras, o trabalho é "continuar na questão da posse de bola ser mais duradoura, completa e mais efetiva. Para que nossa posse termine em finalizações. Hoje (Bragantino x Botafogo ) tivemos sessenta e poucos de posse e finalizações mal. Não me interessa uma posse de bola em que não termine as jogadas". Essa declaração demonstra a insatisfação do treinador com a posse de bola improdutiva e a necessidade de transformá-la em oportunidades de gol.

Paiva enfatiza que sua maior preocupação no momento é a questão ofensiva: "Estou mais preocupado neste momento na questão ofensiva. Gerar e criar. Uma equipe que quer ser campeã tem que criar muito no gol adversário para marcar muitos gols".

Excesso de Cruzamentos: Equilíbrio entre Laterização e Efetividade

Na partida contra o Carabobo, pela Libertadores, o Botafogo venceu por 2 a 0 com gols de jogadores que vieram do banco, Patrick de Paula e Matheus Martins. No entanto, o treinador expressou sua insatisfação com o excesso de cruzamentos ? 36 no total, com apenas oito corretos.

Sobre essa questão, Paiva declarou: "Sobre os cruzamentos, não gosto de um jogo muito lateralizado, mas não é proibido. Se for para ser campeão assim eu aceito. Mas eu entendo a reclamação, é difícil, e acontece de cruzar. E aí entra na estatísticas de muitos cruzamentos errados. Precisamos consertar isso. Às vezes cruza no desespero com um contra quatro e não acerta, mas às vezes tem mais e acerta. Vamos melhorar, mas temos que ter equilíbrio". Essa fala revela a busca por um jogo mais equilibrado, que não dependa excessivamente de cruzamentos.

Erros Técnicos na Construção: A Marcação e a Falta de Soluções

A falta de efetividade na posse de bola pode ser atribuída aos erros de passes, como apontado pelo próprio treinador. O Bragantino conseguiu pressionar a saída de bola do Botafogo e neutralizar o setor de criação. O time teve dificuldades em encontrar alternativas diante dessa marcação e, quando tinha a posse, errava passes cruciais.

Paiva analisou: "Acho que os erros técnicos são claramente definidos para a nossa exibição. Nos momentos chaves para ganhar controle erramos. Em termos coletivos o Bragantino bloqueou nossa fase de construção, nós conseguimos sair algumas vezes, mas depois não conseguimos mais sequência, o que foi outro erro técnico. Em muitas das vezes que o Bragantino estava em inferioridade numérica lá atrás e nós podemos jogar um pouquinho mais longo. Esse é o entendimento do jogo que ainda estamos trabalhando. Não é sempre jogar curto, as vezes tem que jogar longo".

Ele complementa: "Tiveram algumas jogadas que não somamos quatro passes. Fomos atrás dos resultados, não geramos oportunidades... Cabe ao adversário ficar em vantagem muito cedo e isso acaba dando muito do que foi a partida".

Posicionamento de Savarino: Encontrando o Equilíbrio Ideal

O posicionamento de Savarino tem sido um tema de debate constante. O atacante, que também pode atuar como meia, tem sido deslocado para a ponta e, em alguns momentos, inverte o lado de acordo com a situação do jogo. Em outras ocasiões, aparece mais centralizado, algo que também era comum no time campeão sob o comando de Artur Jorge em 2024.

No último jogo da Libertadores, Paiva explicou que deseja Savarino na zona de criação, mesmo que isso signifique abrir mão de uma de suas qualidades, que é a finalização.

O treinador justifica: "Tirar jogadores criativos da zona de criação para puxar para trás para a zona de construção perde imaginação e criatividade na zona de criação. Se pedir para ele voltar e buscar o jogo, pode perder a paciência. O Savarino, na zona onde é especialista, vai receber em algum momento onde é especialista. Eu prefiro que o Savarino fique na zona de criação, que o Igor e o Mastriani fiquem na zona de finalização e que os outros façam a bola chegar até eles. Dei os parabéns por não terem ido buscar a bola no desespero. Ele foi paciente. Temos que melhorar muitos aspectos. Estamos crescendo".

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