- FutFogão
- Análise de Renato Paiva após Goleada do Botafogo: Reservas, Tática e Jogadores
Análise de Renato Paiva após Goleada do Botafogo: Reservas, Tática e Jogadores
Por Redação FutFogão em 30/04/2025 22:13
Em confronto válido pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, o Botafogo aplicou uma expressiva goleada sobre o Capital-DF no Estádio Nilton Santos. Após o encerramento da partida, o comandante técnico da equipe, Renato Paiva, compartilhou suas impressões em coletiva de imprensa, abordando a performance do time frente a um oponente teoricamente inferior e ressaltando o bom desempenho dos atletas que iniciaram ou entraram no decorrer do jogo.
Análise Individual e o Potencial dos Jogadores
Um ponto que mereceu atenção na avaliação do treinador foi a situação de alguns atletas específicos, como Jeffinho, cuja individualidade foi objeto de debate. Paiva descreveu o atacante como um jogador "fora da caixa", com habilidade técnica notável e capacidade de improviso, algo cada vez mais raro no futebol moderno.
Segundo o técnico, "Jeffinho é o jogador fora da caixa. Eu digo que o jogo tem diferentes momentos, transição ofensiva, defensiva... Há um momento que é o individual. Esse momento ninguém trabalha e o jogador precisa ter liberdade para decidir." Ele enfatizou a necessidade de potencializar essa característica, mas sempre integrada ao jogo coletivo:
Eu digo que quando ele dribla dois adversários ele não pode driblar o terceiro ou o quarto. Quando ele passa do segundo ele já tem vantagem, mesmo que seja em uma zona curta, e tem que aproveitar. É isso que estamos tentando aproveitar. Ele é um jovem muito especial. Até pela sua história. É um jogador que se vê cada vez menos. Hoje vemos um futebol cada vez mais automatizado no passe, marcando em tabela, combinação direta e nós gostamos do jogador que tira um coelho da cartola. Nós temos que potencializar esse atleta, mas dentro do coletivo, porque senão só o Jeffinho joga e o time assiste, e não quero isso. Quero aproveitar as qualidades do Jeffinho junto com o coletivo.
Outros jogadores que tiveram suas situações comentadas foram Rwan Cruz, autor de um dos gols, e Allan. Sobre Rwan, Paiva mencionou o período de adaptação após vir de um campeonato distinto, ressaltando a cautela na sua utilização inicial para evitar pressão excessiva. Já Allan , com suas características específicas, é visto como uma opção valiosa em determinados contextos, competindo por posição em um meio-campo com nomes como Marlon Freitas, Gregore e Patrick.
Situação Clínica e Gerenciamento do Elenco
O treinador também abordou a condição física de Barboza e Savarino, que precisaram deixar o campo. Explicou que a escalação de Barboza e Gregore se deu pela suspensão de ambos no próximo jogo do Campeonato Brasileiro, contra o Bahia. O objetivo era manter o ritmo de jogo, especialmente para Barboza, que seria titular em Salvador caso David Ricardo não tivesse cumprido suspensão.
A saída de Barboza ocorreu após uma queda, gerando dor no pé e a necessidade de muletas, com exames de imagem sendo considerados. Savarino, por sua vez, sentiu um desconforto muscular, mas a extensão da lesão só seria conhecida nas horas seguintes. A decisão de tirá-lo de forma imediata visou evitar o agravamento do quadro.
O Desafio Tático Contra Defesas Fechadas
Ao analisar o confronto em si, Renato Paiva destacou a dificuldade inicial imposta pela organização defensiva do adversário. O Capital-DF postou-se com uma linha de cinco defensores, protegida por três volantes à frente, o que resultou em um espaço central bastante congestionado.
O técnico reconheceu a impaciência que pode surgir em tais cenários, mas elogiou a postura de sua equipe. "Estávamos jogando contra uma linha de cinco, mais três volantes à frente. O espaço no corredor central muito ocupado. De fato foi difícil romper mais vezes o bloco, ainda mais com alguns jogadores que não tinham ritmo de jogo", comentou, sublinhando a importância do "discernimento e paciência, especialmente nos primeiros 15 minutos".
Avaliação Geral e as Próximas Etapas
Apesar dos desafios táticos e da necessidade de gerenciar o elenco, a avaliação geral da partida foi "muito positiva" para Renato Paiva. Ele ressaltou a postura inicial da equipe, que entrou "Forte, é não dar qualquer possibilidade ao adversário, tentar construir. Não é fácil", comparando a partida com outros resultados menos elásticos na mesma fase da Copa do Brasil, que frequentemente reserva surpresas.
A goleada, embora não garanta totalmente a classificação, confere ao Botafogo uma vantagem estratégica considerável para o jogo de volta. "O resultado elástico dá essa possibilidade de olhar para o jogo de forma estratégica. Sempre desconfiando do futebol, claro", afirmou Paiva, mantendo a seriedade para o segundo confronto, mas reconhecendo que "acho que será difícil, só se formos muito irresponsáveis, de perder essa eliminatória".
O resultado positivo e a resposta dos jogadores menos utilizados são particularmente valiosos diante do calendário apertado da equipe. O Botafogo tem compromissos importantes em sequência: enfrenta o Bahia fora de casa pelo Brasileirão no sábado e, na terça-feira, viaja para a Venezuela para jogar contra o Carabobo pela Libertadores. A decisão da vaga na Copa do Brasil ficou agendada para o dia 22 de maio, no Mané Garrincha.
Curtiu esse post?
Participe e suba no rank de membros